sexta-feira, 22 de agosto de 2014

13 - Black Sabbath (2013) - RESENHA -


Hail Metal!!!

E os pais do Heavy Metal voltaram com a formação quase original, (sem o Bill Ward :(  ).
O Black Sabbath, pra quem não sabe, foi a primeira banda que teve o seu estilo musical denominado de Heavy Metal, ou seja, SIM!, foi a primeira banda do Metal. Black Sabbath foi quem teve a brilhante idéia de fazer riffs mais pesados e letras falando sobre um tema mais oculto como o satanismo e até mesmo o ateísmo, que é presente no disco mais recente, o 13.
O disco conta com a volta do carismático Ozzy Osbourne nos vocais porém não temos Bill Ward comandando as baquetas, por isso eu chamo de uma formação quase original, mas continua sendo FUCKING AWESOME!!!!!

O disco é o velho Heavy Metal misturado com o Doom Metal, que o Black Sabbath ajudou e muito para bandas fodas como Candlemass e St; Vitus criarem esse estilo(principalmente no disco Master Of Reality).
Pra mim o Black Sabbath se reinventou de um modo bem sutil nesse álbum, não é com certeza um Paranoid da vida, ou um Sabbath Bloody Sabbath, mas tem lá suas virtudes.
O disco não tem como principal tema o satanismo que nós já estamos acostumados nas letras do Sabbath, parece que de alguma forma a banda conseguiu olhar em volta e ver realmente os anos sombrios que o mundo está passando e está vivendo.
Parece que Geezer Butler(baixista e letrista de todas as letras do disco)parou de falar apenas sobre a eterna guerra que envolve o bem e o mal, Deus e Satanás, e começou a pensar um assunto que é mais atual do que nunca - e se tudo isso não existisse?
Eu sei que o Geezer tirou isso de uma revista antiga pra caralho, porém o assunto é muito mais vivo hoje em dia.Hoje nós temos uma sociedade composta por ateus e cristãos mais do que nós tínhamos antigamente, quando éramos todos comandados por etnias religiosas e etc.
Então antes de começar a falar mais tecnicamente sobre as músicas eu gostaria de falar sobre o conceito - ou o pouco que se tem dele - do álbum. Para o Sabbath a morte está mais perto, então eles tem muito mais motivo para escrever sobre isso, o Sabbath está quase na sua reta final num mundo completamente desolado que é o nosso, por isso eu acho que SIM, esse é um puta retorno do Black Sabbath e um disco essencial em todo head fuckin' banger dos dias atuais.


Então esse disco começa com a faixa End Of The Beginning, que é um vórtice de andamentos de tempo e um misto de diferentes eras e estilos do Black Sabbath, os riffs lembram muito basicamente tudo que o Sabbath já fez na carreira dele, como se o Sabbath tivesse uma receitinha pra fazer música, então, essa música segue a risca essa receita, mas também não perde a oportunidade de jogar uns riffs que você nunca pensaria que o Black Sabbath faria, com um puta solo(dois na verdade)enquanto a bateria está lá, sendo esmurrada pelo Brad Wilk(que não é o Bill Ward :(  )
A letra da música é bem lokona, pois fala de morte e sobre viver a sua vida como se o ''hoje'' fosse o último dia da sua vida controlada por mentes desconhecidas, então você que é um headbanger depressivo e escuta DSBM, viva meu jovem, VIVA!!!!!!

Como segunda faixa do disco nós temos a fúnebremente foda God Is Dead?, que fala sobre um assunto muito mais atual do que a música anterior.
Esse pra mim é o ponto mais alto do disco, o Sabbath criou algo que ele já tinha feito há vários anos atrás, fez uma reciclada e fez uma puta música diferente e sombria pra caralho, algo que até um fã acostumado de Black Sabbath como eu se surpreendeu com a canção e sua letra ~principalmente~
Musicalmente, é uma música de Doom Metal, muito parecida com a canção de mesmo nome da banda, a Black Sabbath ~que você é um merda se não conhecer essa música, seu metaleiro de bosta!!!~
A música dá seu ar de escuridão logo nos primeiros segundos da música, onde conforme o tempo a música se transforma num riff poderosíssimo e com um baixo realmente notável.
Ozzy conseguiu criar uma melodia quase tão boa quanto a Black Sabbath que digamos que seja a música base para a God Is Dead?, cantando uma das melhores letras que o Geezer Butler já criou na vida dele, falando de todos nós vivermos num mundo onde nós mesmos o destruímos sem um pai celestial para nos ajudar e coisas assim.
Sabe, não é a melhor música da história do Sabbath, com certeza, mas God Is Dead? foi uma das melhores coisas que o Sabbath gravou em anos, tanto pela musicalidade quanto pela letra.


Loner vem alegremente dar um certo ar de felicidade no disco, prometendo trazer de volta o Black Sabbath dos anos 70 (principalmente o primeiro álbum, porque ela se parece pra caralho com N.I.B), com um riff simples, a cozinha baixo e bateria do Sabbath também está bem simples e clara nessa faixa, sem contar a melodia cantada por Ozzy, que dessa vez faz alguma coisa á mais do que seguir os riffs e o baixo.
A letra fala sobre uma pessoa sozinha, que se tranca dentro de sí mesmo, sendo seu pior inimigo e seu melhor amigo ao mesmo tempo, é uma música bem simples e ótima pra tocar ao vivo, dá pra tirar altos bangs com ela.


No momento mais enmaconhado e noiado do disco, vem a faixa Zeitgeist, que nada mais é do que uma cópia descarada de Planet Caravan, do Paranoid de 1970.
Provávelmente a letra fala sobre o movimento Zeitgeist e suas ideologias aplicadas ao nosso mundo, é uma música muito legal, porém os cara não maneiraram no Ctrl + C e Ctrl + V (PS: O Solo no final da música é muito foda)


Age Of Reason começa com uma bateria bem foda, logo depois é executado um dos melhores riffs do Iommi nesse disco, a letra fala sobre a era em que nós vivemos, política, poder, dinheiro, mais uma vez o Sabbath se mostra uma banda atual sobre os assuntos que mais se discutem hoje em dia no Metal. É uma música bastante Doom Metal, assim como o Master Of Reality de 1971


A morte é um tema muito falado nesse álbum e principalmente na música Live Forever, que não tem necessidade de uma análise muito apurada de cada palavra da letra pra ser entendida realmente. Ela começa com um dos riffs ~se não o riff~ mais macabros do disco, um riff bem trabalhado e bem complexo, a bateria finalmente parece que tem algum ânimo.
Mais uma vez, o Doom Metal parece estar presente nesse álbum - na verdade o álbum é de Doom Metal - e que realmente é a última boa música de Doom Metal no álbum, sendo que as outras duas últimas são completamente dispensáveis.
A letra fala sobre a vida passar rapidamente diante dos seus olhos e sua consciência está suja demais com pecados que cometeu no passado. O refrão é bem cativante e a melodia da música também.


Damaged Soul é sem dúvida a pior música do álbum todo, tem um riff bonzinho, mas nada muito alarmante, o resto da música toda é completamente entediante, o baixo e a bateria estão bons, mas meio sem vida, porque realmente a música é entediante.
Vale lembrar que Damaged... tem uma gaitazinha meio blues pra tentar lembrar a música The Wizard, do primeiro disco do Sabbath, porém a música parece mais uma sessão de improviso do que uma música própriamente dita.


Dear Father encerra o álbum com direito a sinos no final, tem um riff muito foda - claro, é o Tony Iommi porra - sendo MAIS uma música de Doom Metal com o andamento lento. A letra fala sobre os pecados e a violência de um pai que destruiu a inocência de uma criança - provávelmente falando sobre estupro ou coisas assim.


Em uma visão geral, o Sabbath continua bem assustador, continua soturno, porém agora de um jeito mais atual, o Tony continua foda mesmo com o câncer dele, Geezer foi o que mais evoluiu, com o som de baixo dele me lembrando muito a intro de Deathamphetamine do Exodus, o baterista Brad Wilk pra mim nem fede nem cheira, ele fez o que lhe mandaram, porém substituiu Bill Ward de um jeito meio que limitado.
O disco começou de uma maneira ótima, porém fechou de uma maneira ruim, mas continua sendo um puta disco e merece ser ouvido e apreciado por TODO headbanger que se preze



Ozzy Osbourne: Vocais
Tony Iommi: Guitarra
Geezer Butler: Contrabaixo
Brad Wilk: Bateria

 




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