sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Venom - Fallen Angels - (2011) - RESENHA


Hail Metal!!!

Os pais do Black Metal voltaram em 2011 a fazer um trabalho novo, que pelo menos no Brasil ficou muito despercebido e parece que foi imperceptível!
Embora todo Headbanger(que se preze)sabe exatamente do que o Venom ( que é uma banda que eu curto pra caralho)se trata, é sempre bom conferir o que os pais do Black Metal - e Speed/Thrash - andam fazendo nos dias atuais.

Fallen Angels é o sucessor de Hell de 2008, que eu sinceramente ainda não ouvi(e não vou ver resenhas sobre ele porque não quero que nada me interfira na minha opinião sobre o álbum), porém em uma visão geral de um Headbanger que gosta de todas as vertentes do Metal, o álbum me parece muito atual e sofisticado. Não é a mesma coisa que o Black Metal e o Welcome To Hell, e eu sei que é impossível não tentar comparar com esses álbuns, e para mim parece perfeito.
O Venom finalmente misturou algo que já fazia á muito tempo que é músicas com temáticas satânicas, porém colocar outros temas como no Temples of Ice de 91, e na minha opinião ficou preciso, embora ainda tenhamos a presença das letras meio desajeitadas do Cronos(bass/vocals), contamos com variações e até mesmo pensamentos filosóficos... o Venom fazendo músicas filosóficas!!!!

O disco começa com Hammerhead, que é uma porrada no seu rosto!!!.
A faixa começa com um pequeno solo de bateria, e logo após inicia-se um dos melhores riffs que o Venom já fez, e depois de uns gritos do Cronos a porradaria começa.
Não é uma música muito rápida como a Black Metal, porém continua sendo muito foda.
Destaque para a bateria que soa bastante atual e bem gravada e com direito á pedal duplo.
Impossível não deixar um destaque para os vocais de Cronos, que está tão foda que parece até mesmo o Chuck Billy do Testament.

Nemesis é o Venom do jeito que a gente conhece, com a bateria rápida e um riff curto, embora pareça muito com o riff de Metal Militia do Metallica.
O vocal de Cronos está quase se tornando um verdadeiro gutural nessa faixa, chegando ao absurdo da sua capacidade vocal, chegando a grunhir e fazer absurdos com sua garganta, que deve ser muito potente.
O baixo de Cronos também está digna de um Exodus ou Slayer, e o guitarrista La Rage se mostra ágil e pesado durante a faixa inteira.
A música fica alternando os tempos e mudando os riffs, e ainda temos direito a um pequeno solo e um pequeno solo de guitarra, porém um puta, uma música rápida e feroz, Nemesis

Seguindo a rapidez da música anterior, temos a Pedal to the Metal, que fala basicamente sobre correr, sendo com carro ou moto, e o espírito de corrida igual Born To Be Wild, só que no estilo Venom.
Mais uma vez a voz de Cronos está destruidora e o solo é fuderoso, sem contar na bateria que está pesada e rápida, tudo que o Venom precisa.
É uma música que tem poucos minutos de duração e você nem sente os minutos passarem, por ser uma música muito boa, e é aquele tipo de música que faz você estuprar o Play ou o Repeat quando ela terminar.

Lap Of The Gods é uma música mais lenta do que as duas anteriores, porém já começa com um solo inspirado.
Segue o mesmo estilo de riff e criação de música que o Venom tem, porém o riff inicial não é feito em power-chords, o que me fez um pouco assustado no inicío.
A letra é a mais pés nos chão que o Venom provavelmente já fez depois da letra de Prime Evil, fala sobre desperdiçar sua vida na religião, porém do jeito Cronos de escrever letras.
Aos 3:00 a música para... e temos um solo de baixo e uma guitarra leve, que me faz lembrar muito a Orion do Metallica, e esse solo de baixo é incrível, pesado e ao mesmo tempo sutil, e depois a música retorna ao estado inicial, e no penúltimo refrão o Cronos dá um berro que se estende até quase o final da música, destaque para o refrão que é foda e fica na cabeça.

Damnation of Souls é uma música mais lenta do que Pedal To The Metal, porém volta com o velho Speed Metal do Venom.
Na parte do solo - que também é fuderoso - a guitarra base lembra muito o Miracle Man do Ozzy Osbourne
O refrão da música é muito bom como a maioria dos refrões do álbum, e a música termina do mesmo jeito que começou.

E logo em seguida, coladinho com a anterior, temos a Beggarman, que é uma das mais lentas do álbum, com riffs baseados no Speed Metal e da palhetada alternada que a gente conhece que o Venom sabe fazer muito bem.
Depois de um refrão foda e um solo, temos a ilustre presença de um VIOLÃO clássico em uma música do Venom ... coisa que você não vê todo dia, com um baixo forte, e uma bateria cheia de ghost-notes na caixa, e é claro que depois de um tempo a música volta ao seu estado original.
Beaggerman conta também com os vocais fudidos do Cronos, um dos mais fudidos nesse álbum.

Hail Sathanas foi a que mais me chamou a atenção, por causa do nome, e foi a primeira música do álbum que eu ouvi fora de ordem, a música começa com um pequeno solo repetitivo de bateria e depois entra um riff que se combina com o solo de bateria.
E logo depois a música muda o tempo, ficando mais rápida e com um riff bem fácil até.
A letra nem precisa dizer do que se trata, se trata de uma das meio desajeitadas letras do Cronos, que parece ser uma adoração ao demônio, porém todos nós sabemos que não é.
A letra usa até umas palavras em latim para dar aquele clima todo, talvez dê para quem não sabe o que é o Venom, pra mim simplesmente não dá.
É uma música pesada pra caralho, porém eu esperava algo mais tenebroso para algo desse nome, e o refrão é completamente esquisito, porém bom.

Sin já começa com um riff foda e com uma batera com o uso de pedal duplo, com uma guitarra um pouco mais pesada do que nas músicas anteriores, fazendo com que o ouvinte se confunda em quais notas está ouvindo.
É uma música muito fudida, porém é do mesmo jeito Venom de criar músicas, nada de muito especial, embora tenha riffs ótimos e uma linha de bateria firme.

Punk's Not Dead começa com um riff fudido com palhetadas alternadas e uma distorção pesada, e logo depois entra a bateria - que já é de se esperar - e a guitarra muda para realmente o riff da música, que contém harmônicos artificiais e depois a múca se transforma em um riff mais audível e de fácil absorção, e basicamente é só isso.
Não podendo deixar de lado a eficácia do guitarrista La Rage em fazer riffs e solos fodas, e essa música é a prova dessa eficácia.

Death Be Thy Name é uma música rápida assim como a Black Metal, com um riff e um refrão foda, e na verdade não tenho nada a dizer sobre ESSA música por ser algo que o Venom já vem anos fazendo.
É uma música onde vemos toda a habilidade do baterista Dante em fazer ritmos extremamente complexos e o baixo de Cronos, que é completamente importante na sonoridade do Venom.

Lest We Forget foi uma faixa instrumental onde os 3 integrantes do Venom sentaram e comporam algo, e não apenas o baixista e vocalista Cronos.
A faixa é toda feita no violão e com um climax de uma floresta escura e fria no inverno da Noruega ... pelo menos é isso que ela me faz lembrar.
É a faixa mais erudita do grupo, e eu simplesmente amei essa idéia, provando que o Venom está fazendo as coisas velhas mas adaptando novas idéias.

Valley of the Kings é a faixa mais Black Metal Norueguês do álbum, onde as guitarras durante a melodia formam um riff obscuro e caótico muito usado no Black Metal Norueguês.
Durante a melodia Cronos tem uma voz mais obscura e menos gritante. Uma música não muito rápida, porém não muito lenta.
Cronos abusa ainda mais de sua capacidade vocal que realmente nunca tinha aprimorado antes, e com todo esse poder vocálico ele cria um refrão que cai como uma luva para a capacidade dele.

Fallen Angels, a música título, começa com um barulho esquisito e caótico, e ouvimos o baixo de Cronos, executando algumas notas, como se estivesse apenas passando o som para algum show o algo.
E aí começamos a perceber a presença de algumas vozes no álbum.
E uns sinos...
E a guitarra entra em modo clean e depois se torna num riff absurdamente potente, e a bateria chega na faixa junto com a melodia de Cronos.
É uma das melhores faixas do Venom, e tem um padrão tão alto como todas as faixas do álbum. O solo tem uma rapidez até que moderada, e é inspirado, como todos os solos de todas as faixas.
A letra fala sobre os anjos caídos do céu que se tornaram demônios e capangas de Lúcifer, bem do estilo do Venom.

Annunaki Legacy é uma faixa bem baseada no Thrash Metal que o próprio Venom ajudou a criar, com um vocal um pouco mais parecido com o que Cronos fazia nos anos 80, apenas no refrão onde Cronos grita igual um louco.
É uma faixa foda e lenta, porém ainda tem todo seu peso.

E o disco termina com Blackened Blues, que realmente parece com um Blues mais escurecido e obscuro. A faixa começa com o baixo de Cronos sendo pesado e executando um pequeno riff.
Depois disso soa uma guitarra limpa que se mistura com um uma pesada.
A voz nessa faixa grunhe e esse tipo de coisa, assim como Atilla do Mayhem no De Mysteriis Dom Sathanas.
É baseada na idéia de uma faixa com um estilo Blues, porém mais obscuro e pesado assim como o Black Metal Norueguês, a idéia foi boa e foi muito bem executada. Depois a música fica cada vez mais alta e mais confusa até que acaba.

Em uma visão geral, os pais do Black Metal evoluíram sem perder o ardor e a energia que se tornou característica do Venom através dos anos, eles apostaram em um novo som e conseguiram mudar algo que não precisa ser mudado, que não tem que ser mudado, e que o Venom continue fazendo esse bom trabalho.










segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Coisas Que Eu Odeio #1 : Religião no Brasil


Hail Metal!

Não!
Eu não sou satanista, não sou um ateu e não sou uma espécie de anti-religioso ou alguma merda como essa, sou cristão SIM!. O intuito desse post foi apenas dizer o que eu acho de toda essa merda de religião que manipula o país.
Eu sou um cara que meio que tem muita, mas muita RAIVA e ÓDIO no coração e nas veias, então eu acho que é bom falar sobre o porquê de eu odiar certos assuntos ou uma determinada coisa, e hoje vamos começar com a religião no Brasil.

Razão número 1 - Eles estão em todos os lugares...

Você sabe muito bem do que eu estou falando, eleições vindo esse ano, eles começam a sair de suas igrejas
ou sei lá onde caralhos eles habitam e INFESTAM nossas TVs com abordagens idiotas e coisas estúpidas, estou falando dos PASTORES.
Eu acredito que SIM, a religião É um câncer na sociedade brasileira, mas calma, isso não quer dizer que eu acho que deva ser punida, só acho que eles estão tomando um certo espaço que não lhes convém nem biblicamente.
Você liga a porra da sua TV em horário eleitoral e tem aquele bando de aberrações pedindo seu voto, e por um momento até que você esquece para que serve um voto, porque eles fazem a coisa toda parecer como se voto - que é uma coisa muito importante pro brasileiro e pra todo cidadão de qualquer país do mundo ... ou pelo menos deveria ser - é na verdade como se fosse um lápis ou uma bala que você dá a qualquer rola-bosta que te pede.
Porquê diabos temos tantos pastores nas urnas?, porquê temos tantos pastores fazendo essa palhaçada toda de usar o nome de Deus pra conseguir o que quer? E PORQUÊ O BRASILEIRO VOTA NESSES MERDAS???.
Então, as eleições estão vindo, cuidado, eles podem estar atrás de você...


Razão número 2 - Eles se acham os 'tais'

Eu sou um cara cristão, eu vou pra igreja todo sábado, finalmente achei uma igreja que é completamente oposta á tudo que eles ensinam e o que realmente importa pra igreja é o céu, e não seu bolso ou seus bens - não vou dizer o nome da igreja pra fazer propaganda - porém um episódio inédito aconteceu.
Um belo dia o pastor começou a falar mal dos roqueiros, e eu não vou me dizer o que ele disse porque eu realmente não me recordo muito do que ele disse, mas é a mesma coisa que enfrentamos todo dia, as porras dos estereótipos.
Por alguma forma, eu acho que a religião ajudou a construir essa sociedade que nós temos hoje em dia no Brasil, e nem preciso dizer que ela é cheia de estereótipos sobre tudo que se encontra ás margens da sociedade, como o Heavy Metal e o Reggae até mesmo, onde os bangers são satânicos e os reggaeteiros são maconheiros e etc., os religiosos ajudaram a formar quase todos os estereótipos culturais que temos hoje em dia.
Quando digo que eles são os tais, me refiro ao fato de que eles sempre sabem o jeito certo de viver, quando na verdade eu acho que a vida não passa de instrumento, e cada indivíduo faz o que quiser com ela, eles não criaram os estereótipos, ELES são os estereótipos, a maneira de viver deles é a certa e você que se foda.


Razão número 3 - Eles sempre estão certos


Não importa qual a situação do cotidiano, eles SEMPRE estão certos e você está SEMPRE errado seu babaca, inútil e satânico.
Eles não são apenas mentes fechadas, eles ultrapassam isso, e veem tudo de um modo estereotipado como se realmente fosse o que as aparências mostram.
Eles sempre cismam de jogar a religião deles na sua cara e tentam te converter, sem perceber que algumas de suas próprias crenças não fazem sentido nenhum!.

A um tempo atrás houve uma guerrinha idiota entre a Igreja Pentecostal e a Igreja Universal, que começou com a Igreja Universal pra falar a verdade. Edir Macedo colocou em seu blog ou site uma tirinha comparando o culto nos terreiros com o culto da Igreja Pentecostal, e logo depois Marco Feliciano rebateu o vídeo e disse que ele estava errado - claro!!!
Essa guerrinha na verdade ocorre desde que eu me entendo por gente, e a gente nunca sabe qual é a religião certa porque sempre tem aquela do ''meu peixe é mais fresco e barato''.


Razão número 4 - Eles querem dominar a porra do Brasil.

Eu acho que apenas essa imagem é o suficiente.

Religião na minha opinião é o contato que o homem acha com o sobrenatural, não é algo que deve ser imposto pela mídia ou pelos governantes de um país, e acredite em mim, eu acredito em Deus, eu acredito porque ainda vejo beleza nesse mundo, que embora seja sujo e horrível ainda continua tendo beleza.
Pais ainda amam seus filhos, filhos ainda amam seus pais, a natureza continua a nos abençoar, então ainda existe esperança de um mundo melhor na minha visão, mas nada disso de religião deveria ser imposto em escolas e á guela abaixo das pessoas.


Cruel Force - The Rise of Satanic Might (2010) - RESENHA

Hail Metal!
Eu pensei em falar sobre esse álbum porque eu ouvi-o recentemente e fui EXTREMAMENTE atraído pela capa, então aí vai.

Eu sei que faz muito tempo que eu não posto nada nesse empoeirado blog, e para tirar a poeira do blog com força vamos falar sobre um álbum que sinceramente é um dos meus prediletos, The Rise of Satanic Might do Cruel Force.
Cruel Force é uma banda de Black Metal e Thrash Metal que surgiu em 2008 na Alemanha, e continua em atividade até hoje.
É uma das bandas que me faz feliz me provando que o Underground ainda continua firme e sempre continuará.
Eu estava circulando por esses sites de Headbangers quando achei esse saudoso álbum com esse Baphomet sentado em uma porra dum trono em cima de montanhas com neve .... tipo, aqui não tem putaria não, é o próprio BAPHOMET olhando pra você enquanto está em montanhas gélidas. É claro que eu não deixaria esse álbum passar porque a capa realmente me chamou a atenção porque é FODA, é uma capa malvada, você sente que o álbum pretende ser uma coisa malvada, e é exatamente o que acontece nessa delícia(Jailson Moment) de álbum.

Como eu disse anteriormente, o álbum é de Black Metal e Thrash Metal, ambos old-school, chegando a ser tão old-school(skull) quanto o explêndido Venom, que realmente parece a sonoridade de ambos.
A porradaria do satanáis começa logo como um soco do demônio na sua cara com a faixa Witches Curse, que é muito Venom, acho que o Venom foi a banda que mais inspirou essa banda, embora eu veja Darkthrone e Mayhem aqui, mas são vagas referências. Witches Curse começa com uma voz que realmente parece estar amaldiçoando o ouvinte. Nesse momento do álbum eu não acreditava que seria muita coisa, porém o riff começou e eu pensei que seria do caralho. A música começa com um riff bem Thrash Metal MUITO old-skull, e depois se torna num Speed/Thrash sem nenhum blá blá blá.

Satanic Might é uma música que me lembra muito a Jump In The Fire do Metallica - sim, eu comparei uma banda de Black Metal com Metallica - ela começa logo com um riff ótimo que é impossível não se lembrar do Darkthrone e do Mayhem.
Logo após a música se torna numa ''cavalgada'' Thrash - cavalgada: tercinas - e logo após vem um puta solo que lembra muito o Kirk Hammett, na verdade todo o álbum é de se lembrar um pouco o Kill' Em All do Metallica, o que me parece ser muito estranho eu devo admitir, então essa música é mais Thrash do que Black em si.

O Black Metal dá suas caras no álbum com a faixa Forces Of Hades, que começa com um riff que é um legítimo riff de Black Metal.
É uma música rápida e que contém uma bateria absurdamente rápida. Forces of Hades é uma música que aos poucos se torna uma música do velho e bom Black Metal Norueguês e com um incrível refrão.

Kill' Em All do Metallica com o Thrash/Speed Metal - também igual ao Venom - com a faixa Leather And Metal, que só o nome já me fez pensar em Thrash Metal, e principalmente na letra de Hit The Lights do Metallica onde diz ''No life til' leather, gonna kick some ass tonight''.
O riff de introdução é bem ''alegre'' pra uma banda de Black Metal, porém lembremos que é uma banda de Thrash também, então tá valendo :)
Outra referência que fica na cara quando se ouve é o Motorhead, com músicas como Ace Of Spades e Going To Mexico.

A essa altura do álbum você já percebe que a maioria das músicas serão provavelmente nesse conceito, Thrash Metal com Speed Metal e letras sobre Black Metal até que um fenômeno acontece.

Surge no meu player Necromansy do Bathory - uma das melhores bandas de metal extremo - só que era uma versão muito bem gravada - pelo menos melhor gravada que a do Bathory - porém além disso nada é especial, claro que o Cruel Force deu uma visão mais nova á faixa, porém nada de novo, apenas se destacam os vocais que foram incríveis pro som.

Deathstrike retorna ao estilo Speed/Thrash Metal, porém com riffs BEM mais complexos e mais direcionados ao Black Metal.
O refrão - ou o que se pode chamar de ''refrão'' - também é perfeito, assim como tudo nesse álbum.
Quase ao final da música, a bateria fica menos rápida, o que acaba por reinventar o riff insano que já estava sendo tocado, assim como Black Sabbath fazia nos primeiros discos, e aí vem o solo, que sério, não tem como você não lembrar do Kirk Hammett com todo esse Thrash Old Skull.

Victims of Hellfire começa com um puta solo que me lembra o Tony Iommi, e logo se transforma num riff simples e rápido, assim como Motorhead e Venom, porém essa música tem mais influência do Thrash em geral e da palhetada alternada do que as outras músicas. Logo após isso a música fica mais lenta, pra dar aquele referêncialzinho, usando um riff pesado pra caralho similar ao primeiro. Ótima faixa e ótimos riffs.

Queen Of Heresy começa com um pequenino solo de bateria e um riff de Thrash porém mais trabalhado, parece que nessa altura do álbum na reta final, as músicas são bem mais preparadas. Queen Of Heresy possui um riff bem trabalhado e várias passagens de guitarra que fazem a música ser foda, sem contar que os vocais até agora não mencionados são EXCELENTES. A música ironicamente possui o solo mais inspirado do álbum porém é bastante, BASTANTE curto, o que me deixou um pouco .... AAAAAAAARRRRRGHHHHH da vida. :)

March For The Pentagram é a última música do álbum, e é muito Venom, tudo nela me faz lembrar o Venom, porém misturado com algo mais Thrash e com uma pitada de Mayhem.
A música fica mais rápida depois de alguns segundos e depois fica mais lenta novamente, é um verdadeiro vendaval de tempos que fazem uma música ótima de Black Metal, onde o solo está inspirado e ligeiramente melhor que a faixa anterior.

Em resumo, esse casamento de Black Metal e Thrash Metal foi tão bom quanto pão e manteiga, foi algo que marcou grande parte do início do Black Metal - Venom pode te provar isso - e agora parece que é como se estivesse voltando de novo.
O álbum foi gravado com uma produção não tão ruim e não tão boa, as vezes parece que é uma demo apenas, ou um split e EP, pelo som do bumbo da batera por exemplo, mas vale a pena dar uma conferida nessa banda até que nova do Black Metal.










domingo, 24 de agosto de 2014

O que achei do Babymetal?



Sim amigos, o mundo está caminhando ao fim!!!.
A destruição está ás portas!!!.
Eu não me reconheço mais como ser humano, simplesmente eu acho que minha vida perdeu o sentido depois disso.
Todos os meus heróis estão morrendo pouco a pouco, e nada mais é como antes!.
Descobri que a vida não é tão ruim que não possa piorar quando eu conheci o Babymetal...

Eu conheci o Babymetal com um vídeo deles no YouTube e eu achei que eu estava sonhando, porque era impossível de acreditar no que meus olhos estavam vendo, até que ponto o ser humano pode pegar tudo que ele criou e jogar pela janela.
Porque, porra, eu cresci ouvindo metal como Napalm Death e Vader, e eu NUNCA imaginei que isso fosse acontecer, eu nem tenho mais palavras pra dizer.
Antes de falar mal e um monte de bosta sobre o Babymetal eu resolvi parar e pesquisar algo sobre a ''banda'', a história da banda e como alguém chegou na idéia de misturar One Direction com Slipknot, e descobri que a idéia surgiu de um produtor.

EXATAMENTE COMO ACONTECE COM O MAINSTREAM POP DE MERDA!!!!!!

Então o que é basicamente o Babymetal, bem, é um grupo formado por três menininhas, uma canta e as outras duas fazem ... sei lá ... porra nenhuma ...
Só ficam lá dançando, o que é bastante comum no pop que a gente conhece daqui.
Então tem atrás delas uma banda super foda enquanto elas ficam lá cantando e dançando e pronto. Esse é o Babymetal!.
Que fique bem claro que eu sou a favor do Metal evoluir e quebrar todos os seus preconceitos, se é que existe um ainda em pé hoje em dia, porém na minha concepção misturas dois estilos não é mudar algo, você apenas fez uma mistura, o que pode levar á uma evolução em poucos casos, o que não ocorreu aqui.
Eu nem chego a classificar Babymetal como Metal, pra mim é uma banda - ou girl-band - que faz um som baseado no metal, porém é um grupo de pop - ou J-Pop, foda-se -

Eu sempre me orgulhei de ouvir Heavy Metal pelo simples fato de que ele não é uma música que é tocada na rádio, não é uma música que se toca em balada, ou seja, não é uma música HIT.
É um estilo musical onde o estilo e a ideologia de certa vertente ou certo grupo realmente importa mais do que a merda da imagem.
Se a moda pegar, Babymetal fará parte de uma nova onda do Heavy Metal ''A Nova Onda do Metal-Para-Não-Metaleiros-E-Garotinhas-Que-Nem-Sabe-O-Que-É-Metal Japonês'' ... ou se preferir ''The New Wave Of Japanese M.F.N.M.A.L.G.W.D.N.K.W.I.M'', e o metal será uma música para menininhas retardadas assim como as fãs de Justin Bieber e One Direction, durante o post eu vou dizer porque eu digo isso.

A porra do álbum que foi lançado esse ano começa com uma música chamada Babymetal Death!, a música é completamente repetitiva e já logo começa com aquele riff do One quando o Lars usa o double-bass dele e o James faz aquela palhetada alternada na guitarra, riff esse que é usado pra caralho hoje em dia nesse Metal atual (na verdade acho que músicas inteiras são baseadas nesse riff)
A música tem uma letra completamente estúpida e retardada , na verdade a letra fica repetindo ''Nós somos Babymetal'' e coisas assim.
Nada de especial a não ser a porra do instrumental que é foda pra caralho embora a música seja uma bosta.
Em outras palavras, Babymetal Death! não significa própriamente A Morte do Babymetal, no Japão Death corresponde á Desu, que corresponde ao ''to be'', ou seja elas só ficam dizendo Nós somos o Babymetal

Caralho, eu sei que vocês são o Babymetal porque está na porra do álbum

A próxima música se chama Megitsune, que mais parece uma música de abertura de anime, a letra fala sobre as mulheres serem fortes e de serem perfeitas e de batalharem sempre e nunca desistirem.
O som é bem legal, mas não chega a ser nem perto do que você chama de Heavy Metal.

(Eu a princípio ia fazer uma resenha do álbum todo, porém as músicas são quase a mesma coisa, então vou terminar aqui dizendo o que eu achei do Babymetal e como suas canções se aplicam no resto do Heavy Metal na minha visão)

O Babymetal não é, não pretendia ser, nunca foi, e nunca será para os fãs do True Heavy Metal, por isso não condeno quem gosta da música, porque é realmente boa(porque tem um pouco de Metal)é uma música pop que mistura alguns poucos elementos do Heavy Metal, mas não chega a ser Metal.
Com certeza atrairá fãs de anime e coisas assim, e não os Headbangers de verdade, então não fode falando merda sobre elas, não é musica pra você.

De Mysteriis Dom Sathanas - Mayhem (1994) - RESENHA



Hail Metal!!!
O Mayhem retorna nesse blog com mais um de seus poucos álbuns full-length, e esse álbum é o primeiro álbum do Mayhem tirando demos e EPs.
De Mysteriis Dom Sathanas do Mayhem faz parte de uma criação de um novo estilo que começou nos anos 90 considerado como Norwegian Black Metal, que é o Black Metal Norueguês, assim como o A Blaze In The Northern Sky e Transylvanian Hunger do Darkthrone, e Burzum do Burzum. Mysteriis foi votado como um dos álbuns de Black Metal mais importantes pra essa vertente, levando o verdadeiro Black Metal e deixando a sua marca na história do Metal Extremo.

Para alguns, inclusive eu, Mysteriis é nada mais que o melhor álbum de Black Metal que já fizeram na história, tem ótimas músicas como Funeral Fog, Life Eternal, e minha favorita, Freezing Moon. O álbum assim como Chimera possui uma atmosfera fria e sombria, é como se você estivesse atravessando uma floresta escura num inverno com neve e coisas assim. A gravação do álbum é péssima, do jeitim que eles queriam, a produtora do álbum foi a Deathlike Silence, criada e fundada pelo Euronymous, guitarrista da banda, e pelo baterista do Mayhem, o Hellhammer. Mysteriis é uma viagem pelo tempo e espaço de volta á uma sociedade pagã do Metal, que odeiem ou amem, é foda pra caralho.

Então o álbum começa com a Funeral Fog, que já começa estuprando os ouvidos com aqueles riffs que é bem característicos do Euronymous, um riff que tem uma palhetada muito rápida, porém tem melodias interessantes.
O riff inicial da música vai se transformando e criando melodias incríveis e como de costume, a música muda o curso para a entrada do vocalista. Atilla Csihar, que está na banda hoje em dia. Não preciso dizer nada sobre a bateria do Hellhammer além de que ele é uma besta e um dos melhores bateristas do Metal Extremo, já o baixo do Count Grishnackn, bem..., é meio difícil de dizer porque é meio inaudível, porque o álbum é mal gravado mesmo.
A letra de Funeral Fog foi escrita por Dead. que escreveu todas as letras do disco (eu acho, minhas fontes não são muito confiáveis XD ), a letra fala sobre a Transilvânia e que como Varg diz, era sua ''inspiração'' a idéia do Conde Drácula e coisas assim com vampiros e castelos na Transilvânia. Essas idéias malucas moldaram uma banda incrível. Um guitarrista que sabia fazer riffs muito tenebrosos e fodas pra caralho, um vocalista (tanto Atilla e tanto Dead), um baixista e baterista fodas como Necrobutcher e o Hellhammer.
A voz de Atilla nem chega a cantar no disco, ela rasteja, sussurra, é uma puta caracterização digna de um álbum true de uma banda do mais puro True Black Metal.

Logo após vem a minha favorita, Freezing Moon, que começa logo com um dos mais reconhecidos e um dos melhores riffs do Black Metal.
O som dos tons da bateria produzindo um certo ecozinho faz com que a música seja um pouco mais sinistra.
A introdução sinistra, os dedilhados na guitarra, a bateria esmagadora, tudo faz com que Freezing Moon seja um clássico do Black Metal e de todo o Metal Extremo, até o Vader já fez um cover dessa música
Logo depois da introdução com um riff feito em dedilhado, que com certeza vai ficar na sua cabeça, assim como o começo de Dunkelheit do Burzum, entra um riff um pouco mais rápido e com uma bateria um pouco mais devagar, fazendo coisas mais ''normais'' digamos assim.
A letra fala sobre a lua congelante que hipnotiza o eu-lírico na música e é só isso mesmo. Em outras palavras. Freezing Moon é um dos pontos mais altos do álbum.
Algo inesperado é que o Mayhem nos abençoa nessa faixa com um solo, logo após o solo, Atilla realmente mostra o potencial de sua voz, gritando e berrando com uma voz potente e poderosa.
Ambas as letras até aqui mencionadas no álbum são maravilhosas, mas a de Freezing Moon merece ser postada aqui porque é sensacional.

''Tudo aqui é tão frio
Tudo aqui é tão escuro
Eu me lembro como um sonho
Na esquina desse tempo

Formas diabólicas flutuam
Fora das trevas
E eu me lembro que foi aqui que eu faleci
Por ter seguido a Lua Congelante


É noite novamente, noite, linda noite
Eu satisfaço minha fome com humanos viventes

Noite de fome, siga o chamado
Siga a Lua Congelante


Escuridão crescente, a eternidade se abre
As luzes do cemitério se acendem novamente
Como nos antigos tempos
Almas caídas morrem por meus passos
Por terem seguido a Lua Congelante''


Letra incrível.


Cursed In Eternity segue a Freezing Moon, com um riff bem cheio e com uma bateria que lembra muito o Thrash Metal Extremo.
O riff muda para um riff muito mais simples, na verdade são as mesmas notas se repetindo até o fim do tempo da música, assim como Paranoid do Black Sabbath, porém muito mais rápido.
Então chega Atilla grunhindo e recitando macabramente a letra da canção, que fala basicamente sobre ser amaldiçoado ao inferno.
Depois temos mais uma sequência de riffs rápidos enquanto Atilla grunhe e grita e berra a porra da letra.
Uma excelente faixa de um excelente estilo musical, porém não a melhor do álbum devo confessar.


Pagan Fears começa com uma pegada mais Heavy Metal Clássico, por incrível que pareça, depois ela se transforma numa música mais profunda e lenta, porém depois disso volta para a pegada original. Por mais que eu odeio admitir, essa é a música mais mainstream do álbum, porque tem como base um riff bem audível e até mesmo viciável.
Claro que com o decorrer da música o ritmo dela e os riffs mudam, porém não é nada de especial. Não que seja uma faixa ruim, a letra não me causa nenhum tipo de sentimento, seja medo ou qualquer sentimento mesmo, e pra mim é como mais uma faixa de Black Metal.
A letra é um pouco chata, fala sobre os medos pagãos voltarem a vida, e as memórias dos pagãos e seus pecados que nunca serão esquecidos, e blá blá blá.

Life Eternal tem um riff de intro bem foda e com um nível de ''dificuldade'' sonora um pouco mais baixo. É um dos clássicos da banda e principalmente pelo fato de Dead ter cantado-a, e também por, curiosamente, ser uma música que se encaixa perfeitamente no mainstream.
Mais uma vez Atilla se encontra grunhindo enquanto a bateria faz algo bem parecido com a Perry Mason do Ozzy Osbourne - só uma observação.
Logo após a intro, chega um riff meio dedilhado eu suponho, com notas mais abertas e mais claras.
Essa música miraculosamente também tem um solo, e um solo bem foda( mais uma prova do porque ela é uma das mais famosas do Mayhem), enfim, um clássico assim como Freezing Moon e Funeral Fog.

From The Dark Past parece ser uma espécie de continuação de Life Eternal, porém segundos depois ela muda para uma rapidez mais extrema como no... Metal Extremo, claro.
Eu não consigo dizer se o Atilla é um bom vocalista, porque nesse álbum a voz dele é como a Morte Rastejante( Creeping Death ) ela rasteja pela música, o que parece muito badass de primeira, mas técnicamente, não consigo dizer se ele é um bom vocalista como Dead ou até mesmo Maniac.

Buried By Time And Dust já começa com um riff que se estenderá pela música toda, e logo vem a bateria sendo esmurrada pelo HellHammer. Atilla pela primeira vez canta de um jeito que todo mundo espera de um vocalista de Black Metal, grunhindo e berrando com o gutural.
A letra tem um significado que ao meu ver parece simplesmente ser sobre a velhice do ser humano, que é enterrado pelo tempo e pela poeira, em conclusão, é sim uma ótima faixa.

Nossa jornada nas trevas termina aqui com a música título, De Mysteriis Dom Sathanas fecha o disco como se fecha a tampa de um caixão, é a faixa mais pesada de todo o álbum, onde claramente você pode ouvir o que Atilla canta.
A música tem um diferencial - a letra - fala sobre realmente a realização de um ritual satânico onde o ''Misterioso Senhor Satanás'' aparece e blá blá blá.
Musicalmente ela continua tendo seu diferencial no resto do álbum, é uma das poucas faixas onde os riffs são limpos e bem claros e o vocalista realmente fala com dicção as letras e não fica apenas grunhindo como um porco.
''De Mysteriis Dom Sathanas'' pode significar duas coisas, O Ritual Secreto do Sr. Satanás ou apenas O Misterioso Sr. Satanás, que eu acho que é a segunda opção, porém a letra fala como se fosse a primeira opção, whatever!

Para encerrar, De Mysteriis Dom Sathanas é um dos melhores e mais influentes álbuns de Black Metal, e ao longo dos anos, as letras não parecem mais bobinhas como a Black Sabbath do Sabbath, ainda continuam bem fortes e bem malignas.
Para o fã iniciante do Metal Extremo, esse álbum e´importantíssimo e não tem como fugir dele, é mal gravado, sujo, e por isso é bom para ouvir hehehehehe.





sábado, 23 de agosto de 2014

Chimera - Mayhem (2004) - RESENHA


Uma vez eu estava por aí na internet e me dei de cara com esse álbum.
Li uma review falando como foi realizado e o que acharam desse álbum.
A review deu notas positivas para o álbum, porém disseram que não era para qualquer tipo de pessoa.
Ouvi o álbum e descobri certas coisas: É repugnante, sujo, odiável e podre ... e eu amei!!!



O Mayhem é uma daquelas bandas controversas pra caralho pelo motivo de eu nunca saber se eles saíram ou não do Underground e alcançaram o Mainstream.
Mesmo sendo uma banda meio desconhecida, o Mayhem já lançou coisas que não seguem e são completamente opostas ás regras do Black Metal Norueguês, e esse álbum é o auge dessa quebra de regras, o Mayhem ainda continua ali, porém mudanças foram feitas.

A primeira mudança que nós encontramos é ... sim... o álbum é BEM GRAVADO!!!!, o que é bastante incomum no mundo do Black Metal, onde a má produção e a má gravação é uma espécie de protesto contra a boa produção do mainstream e coisas assim, mas existem bandas que usam essa desculpa para fazer música de merda - eu sei que existem então não se escondam - o que DEFINITIVAMENTE não é o caso desse álbum.
Mayhem ficou mais ... ''famoso'' com seu vocalista mais ''famoso'', Per Yngvie Ohlin, mais conhecido como seu nome artístico Dead, que foi um dos primeiros a usar toda aquela coisa de se pintar com corpse paint e até mesmo se cortar num palco de Black Metal, e com suas letras, Dead foi um dos caras que mais contribuíram com o Black Metal junto com o Darkthrone e até mesmo os brasileiros do Sarcófago.

Depois desse álbum o Mayhem foi BEM criticado pela boa produção, como se o Mayhem estivesse com a idéia de se vender ao mainstream como fez o Metallica, Slipknot, Kiss, etc.
Minha opinião sobre esse álbum é que pela primeira vez o Mayhem valorizou mais a música em si do que a ideologia por trás do Black Metal e do que o faz viver, Mayhem fez um álbum tão perfeito quanto o De Mysteriis Dom Sathanas - sim, e não me apedrejem por dizer isso - é de longe o melhor álbum com o Maniac nos vocais, tudo no álbum ficou realmente perfeito para o Tr00 Black Metal, criando um puta disco de Black Metal sem nenhuma gravação de bosta, provando que realmente o Mayhem consegue fazer o que quiser realmente no mundo do Black Metal, e que se foda quem não concorda com isso, Motherfucka'.
Considerando que o Mayhem realizou esse disco num estúdio portátil nas montanhas Norueguesas, o Mayhem produziu um álbum bem mixado e realmente muito audível, podendo assimilar tudo o que acontece no álbum inteiro.

O álbum começa com a música Whore, que começa com um acorde bem limpinho e quando você menos espera já começam a bombardear seus ouvidos com muita porrada, riffs velozes pra caralho, uma bateria absurda, os vocais demoníacos de Maniac complementam todo um climax maligno para o começo do álbum.
A letra não é nada de especial, até parece meio death metal(Fãs de Black Metal não me matem), fala sobre uma foda com uma prostituta morta e o desejo de sangue. Uma música rápida até demais, obscura e que lembra muito os riffs do velho Euronymous, com riffs minimalistas e estranhos com notas estranhas soando ao mesmo tempo, porém fazendo um som foda bagarai, assim termina a Whore, do mesmo jeito que começou, com o mesmo acorde soando até o último segundo da faixa.

Em seguida nós temos a Dark Night of the Soul, que define como é boa parte do álbum, logo no primeiro riff você já sente que vai fazer bang pra caralho na faixa, e é exatamente isso que você faz.
Começa com um riff lento, carregado de escuridão e bem monótono, logo após a música dá outra daquelas reviravoltas, riffs melódicos entram e os vocais cantando sobre a base do contrabaixo.
É aquele tipo de música que só o Mayhem consegue fazer bem, com riffs estranhos porém com um som forte. Dedilhados de vez em quando só pra que os fãs se lembrem como o Euronymous fazia um riff.
O baixo está pesado, porém sutil, não está tão notável e estridente como o baixo do 13 do Black Sabbath, e como o baixo do Exodus em Shovel Headed Kill Machine, porém deixa o seu recado.
É impressionante como o som do bumbo da bateria nessa música parece até a porra de um motor de carro, parece ser infinita a capacidade do baterista.
A música tem vários clipes, assim como a One do Metallica, ela começa de um jeito lento e vai aumentando e ficando mais complexa. Cheia de riffs meio que sem ligação nenhuma, mas existe uma certa ligação entre eles.

Rape Humanity With Pride a princípio parece a continuação da música anterior, só que a rapidez da Whore volta segundos depois, com um dos melhores riffs de Black Metal já feitos, onde você realmente sente a maldade correndo pelos seus ouvidos - viajei agora XD
O Mayhem apresenta uma linha bem característica e meio que muito usada no álbum, todas as músicas são formadas pelo mesmo embrião, porém apenas mudam os riffs, e Rape Humanity With Pride não fica de fora, a música fica passando e passeando entre diferentes tempos, Blasphemer destruindo a guitarra com a palhetada alternada e Hellhammer sendo absurdamente rápido na bateria, uma música que mistura Dark Night Of The Soul com Whore.

My Death é de longe a minha música favorita do álbum junto com Chimera, tem todo um clima de morte nos primeiros minutos, sendo uma música fúnebre e lenta, no começo com um riff extremamente simples e logo aos poucos se tornando diferente, essa foi uma das coisas que eu mais amei nesse álbum, o fato de tudo começar de um jeito e ir se transformando em outro.
Por mais que todas as músicas pareçam a mesma coisa, o Mayhem fez um ótimo trabalho em absolutamente todas as músicas, e essa é uma das melhores pelo fato de o principal riff ser tenebroso pra caralho, é realmente um trilha sonora fúnebre pra um filme de terror, o bumbo do Hellhammer como sempre rápido, porém dessa vez dando uma maneirada na rapidez deixando a música ainda mais foda.
Antes da música acabar, um coral fúnebre canta a frase ''Odium humani generis'', que significa ''Ódio da Raça Humana'', uma das partes mais awesome da música, que te faz parar tudo que você está fazendo e admirar essa obra prima obscura.

You Must Fall não segue o mesmo clima de My Death, porém consegue ser uma ótima faixa do seu próprio jeito, fala sobre uma pessoa que finge ser o que não é, fala sobre um tema meio que esquisito, falsidade, fala sobre uma pessoa que finge ser máscula e presencia o fim, onde ela deve cair.
A letra foi composta pelo Blasphemer, assim como todas as outras músicas do álbum, e é incrível a quantidade de coisas estranhas que a mente de Blasphemer consegue criar pra bolar riffs tão malignos e letras tão soturnas, Blasphemer é realmente muito talentoso pra fazer Black Metal.

Slaughter of Dreams segue o som de todo o álbum, sendo mais uma música que parece com todas as outras, cheias de riffs fodas, porém é um pouco diferente, principalmente o começo que lembra muito o começo do Death Metal e o Thrash Metal.
O final fica cada vez mais cheios de riffs até que a guitarra usa bastante palhetada alternada e a música acaba.
O que me deixou meio emputecido foi o fato de haver muito mais instrumental do que letras, claro, eu amo instrumentais, mas tipo, todos esses riffs poderiam ser reaproveitados em outros álbuns, o Mayhem não tem tanto material sólido assim como o Chimera, De Mysteriis Dom Sathanas e Esoteric Warfare, então são muitos riffs desperdiçados desnecessariamente.

Impious Devious Leper God começa com um som pesado, depois limpo, e depois é executado uns riffs no baixo feitos por Necrobutcher, enquanto a bateria não fazia nada de especial, nada de tão complexo como estava fazendo anteriormente.
São aproximadamente sete minutos frenéticos de pura mudança de riffs enquanto Maniac conta nos a história de um rei que conseguiu o poder de dar vida, de ser um deus, de controlar a Terra. É uma música que vale a pena pela letra, e também pelos seus riffs maravilhosos, agradará muito os fãs mais trues de Black Metal.

Estamos na penúltima música e eu até agora não achei uma única coisa negativa nesse álbum, as letras são ótimas, o instrumental é maravilhoso pro Black Metal, então acho que nada pode ficar ruim.
Nada mesmo!

Chimera, que é a minha música favorita do álbum, termina o disco com chave de ouro, começa logo depois do final repentino de Impious Devious Leper Lord, com um riff, que é o melhor de todo o disco, riffs que lembram muito a era Euronymous. A bateria não faz nada de especial porém faz um belo trabalho, porém a música fica mais complexa, mas não perde seu começo como nas outras vezes.
Vale marcar aqui os vocais limpos de Maniac e seu desempenho em interpretar todas as letras, porém principalmente essa, provando que ele pode cantar um material rápido como Whore, e algo lento e até mesmo limpo como essa obra-prima que é a música título, Chimera.
''Chimera'' significa Quimera, que pode se referir á um monstro fantasioso, ou á uma fantasia criada. Acho que a letra questiona a existência do bem e o mal, a origem da humanidade, e até mesmo a existência do Diabo e de Deus como sendo uma grande Chimera, uma grande fantasia, um mestre que manipula suas marionetes, que somos todos nós.

Em geral, Chimera foi um dos melhores trabalhos do Mayhem, e o melhor com o Maniac, as letras de Blasphemer são impressionantes, assim como os riffs.
O contrabaixo continua pesado, mas no ponto certo, Hellhammer continua sendo uma besta nas baquetas. Mas muito além disso tudo, o Mayhem apostou pesado com todas as fichas, podendo perder todos os fãs fervorosos de Black Metal, mas no meu caso eu admirei o álbum, e sim, o álbum é uma obra-prima do Metal.





Porquê Odeio Tanto O ''Lulu''(2011) do Metallica?!






É foda quando você tem certas esperanças na sua vida que algo de bom vai acontecer, que algo realmente mudou na sua vida, que algo vai lhe fazer feliz quando você ver, e essa esperança se tornar no seu pior pesadelo...

Foi o que aconteceu comigo e esse álbum ''Lulu''!!!.

Quero dizer...eu não odeio esse álbum só por ser de um estilo completamente diferente do Death Magnetic e pelos outros motivos que os fãs odeiam, mas esse álbum consegue ir além de ruim, consegue ser péssimo.

Depois de um álbum tão foda como o Death Magnetic vocês me chegam nas lojas com atrocidades como essa?!
Eu sei que não é só com o Metallica, sei que o Lou Reed está no disco também e sei que ele morreu, e sinto muito por isso, MAS O ÁLBUM É RUIM!!!!
Nada pode ser tão ruim que não pode piorar, eu reclamei do St. Anger, mas depois de ouvir Lulu eu amei St. Anger, apesar de continuar sendo um álbum fraco em vista de tudo que o Metallica já tinha feito anteriormente (na verdade eu nem gosto do álbum, só das três primeiras músicas, o resto é uma bosta)porém mostra um Metallica novo, meio entrelaçado com o New Metal, com músicas com letras agressivas e coisa e tal. Falando em letras, é nesse aspecto que o Metallica se apresenta mais New Metal possível, falando sobre sentimentos e coisas sentimentais, coisa que eu não esperava o Metallica fazer.
Depois do Black Album eu sabia que o Metallica não seria o mesmo que foi nos anos 80 com Kill Em' All e Ride The Lightning, eles até lançaram coisas um pouco decentes como o ReLoad, porém com uma qualidade muito inferior ao grande Master Of Puppets, porém tem lá seu charme(principalmente pela abertura do álbum, Fuel, que é uma das minhas favoritas)porém depois de tantos anos, Death Magnetic poderia ter mudado o curso do Metallica se não fosse o Lulu.
Sobre Lou Reed não vou dizer muita coisa, não tenho nada á dizer, ele é um cantor de country, definitivamente não é meu estilo, sou meio (APENAS MEIO)eclético, porém country não é lá minha praia.
Lulu foi um dos últimos trabalhos do compositor de country-rock e blues Lou Reed, e foi um péssimo resultado, eu sei que ele faleceu e eu tenho um certo respeito porque eu sou um puta fã de blues, mas esse álbum é absurdamente ruim!.

O disco abre com a música Brandenburg Gate, que tem uma das letras mais esquisitas que eu já li em meus 15 anos de vida, saca só essa letra explêndida.

''Eu arrancaria minhas pernas e peitos
Quando penso em Boris Karloff e Kinski
Na sombra da lua

Me fez sonhar com Nosferatu
Preso na ilha do Doutor Moreau
Oh não seria lindo''


Nossa, muito profundo para uma banda que anos atrás compôs ''porcarias'' como essa

''Escravos
Hebreus nascidos para servir ao Faraó
Cuidado
Com cada palavra sua, viver com medo

No Desconhecido, o Libertador
Esperar
Algo deve ser feito, quatrocentos anos

Então assim deve ser escrito
Então assim deve ser feito
Eu fui enviado aqui pelo escolhido
Então que isso seja escrito
Então que isso seja feito
Matar o primeiro filho do faraó
Eu sou a morte rastejante''


A letra mais ou menos fala sobre coisas estranhas e as reflexões da vida conturbada de uma menina de uma cidadezinha enquanto refletia olhando para o Portão de Brandemburgo que fica em Berlim na Alemanha.
Eu sinceramente não consigo entender essa letra, ás vezes dá a entender que ela seja uma prostituta que sofreu muito na vida dela e agora ela vai dar um upgrade mudando a vida dela, ás vezes parece ser uma menina se lembrando de coisas ruins e sangrentas que ocorreram na Segunda Guerra Mundial, principalmente na parte ''
I was thinking Peter Lorre when things got pretty gory as I crossed to the Brandenburg Gate''(''Eu estava pensando Peter Lorre quando as coisas ficaram tão sangrento enquanto eu cruzava para o Portão de Brandemburgo'')

Peter Lorre, A Ilha do Dr. Moreau, Nosferatu, Boris Karloff e Kinski são relacionados á filmes de terror, Peter Lorre é um ator de filmes de terror, A Ilha do Dr. Moreau é um livro de 1986 pelo autor londrino H. G. Wells, que conta a história do Dr. Moreau que cria seres monstruosos em uma ilha deserta, é um terror de ficção científica.

Nosferatu é um vampiro que foi baseado no livro de ''Bram Stoker's Dracula'' de 1897, e ficou considerado como o primeiro Drácula que apareceu nos filmes e etc.
Nosferatu teve três filmes, o primeiro é ''Nosferatu - Eine Symphonie des Grauens'', no Brasil chamado de Nosferatu apenas, é um filme alemão de 1922 dirigido pelo diretor Friedrich Wilhelm Murnau, é um filme com cinco atos.
O segundo filme é ''Nosferatu - Phantom der Nacht'' ou no Brasil, ''Nosferatu - O Vampiro da Noite''(foi o filme que deixou minha avó 3 dias sem dormir de medo). É um filme teuto-francês de 1979, sendo um tributo ao filme alemão. Foi dirigido pelo diretor Werner Herzog.

Boris Karloff é um ator, que chegou ao meu conhecimento por ter feito filmes de terror como o ''Black Sabbath - I Tre Volti Della Paura'' um filme italiano de Mario Bava produzido em 1963


Em outras palavras, a primeira música na minha opinião quer dizer sobre as guerras mundiais e os atentados á Berlim, fazendo uma jovem relacionar esses acontecimentos com filmes de terror, porém a letra é muito esquisita para a compreensão rápida, você precisa ler e reler, e talvez não signifique absolutamente nada, assim como as letras de Rob Zombie como Superbeast e Dragula.

Musicalmente falando, a música é lenta, chata e exaustiva, mas não pelo instrumental, e sim pela própria voz de Lou Reed que não combina em nenhum aspecto com os vocais de James Hetfield, sem contar que Lou quase não canta, ele apenas recita QUASE melódicamente nas harmonias da canção, cantando sem vida, como se estivesse realmente cansado.
Não vou fazer uma review de música por música, porque a primeira já define o álbum todo, músicas lentas, Lou apenas recitando poemas em cima do instrumental que foi bem elaborado mas Lou consegue foder a porra toda.
Letras sem sentido, instrumental bem gravado, bem...é isso!!!.
O Metallica tem uma certa quedinha por Blues e Country Rock - tipo no Load - então se eu conhecesse mais o trabalho de Lou Reed eu iria odiar esse álbum um pouco menos.
Foi uma parceria que não deu certo, mas tentar faz parte da vida, então que esse álbum seja esquecido e ninguém nunca mais ouça ele na vida.



sexta-feira, 22 de agosto de 2014

13 - Black Sabbath (2013) - RESENHA -


Hail Metal!!!

E os pais do Heavy Metal voltaram com a formação quase original, (sem o Bill Ward :(  ).
O Black Sabbath, pra quem não sabe, foi a primeira banda que teve o seu estilo musical denominado de Heavy Metal, ou seja, SIM!, foi a primeira banda do Metal. Black Sabbath foi quem teve a brilhante idéia de fazer riffs mais pesados e letras falando sobre um tema mais oculto como o satanismo e até mesmo o ateísmo, que é presente no disco mais recente, o 13.
O disco conta com a volta do carismático Ozzy Osbourne nos vocais porém não temos Bill Ward comandando as baquetas, por isso eu chamo de uma formação quase original, mas continua sendo FUCKING AWESOME!!!!!

O disco é o velho Heavy Metal misturado com o Doom Metal, que o Black Sabbath ajudou e muito para bandas fodas como Candlemass e St; Vitus criarem esse estilo(principalmente no disco Master Of Reality).
Pra mim o Black Sabbath se reinventou de um modo bem sutil nesse álbum, não é com certeza um Paranoid da vida, ou um Sabbath Bloody Sabbath, mas tem lá suas virtudes.
O disco não tem como principal tema o satanismo que nós já estamos acostumados nas letras do Sabbath, parece que de alguma forma a banda conseguiu olhar em volta e ver realmente os anos sombrios que o mundo está passando e está vivendo.
Parece que Geezer Butler(baixista e letrista de todas as letras do disco)parou de falar apenas sobre a eterna guerra que envolve o bem e o mal, Deus e Satanás, e começou a pensar um assunto que é mais atual do que nunca - e se tudo isso não existisse?
Eu sei que o Geezer tirou isso de uma revista antiga pra caralho, porém o assunto é muito mais vivo hoje em dia.Hoje nós temos uma sociedade composta por ateus e cristãos mais do que nós tínhamos antigamente, quando éramos todos comandados por etnias religiosas e etc.
Então antes de começar a falar mais tecnicamente sobre as músicas eu gostaria de falar sobre o conceito - ou o pouco que se tem dele - do álbum. Para o Sabbath a morte está mais perto, então eles tem muito mais motivo para escrever sobre isso, o Sabbath está quase na sua reta final num mundo completamente desolado que é o nosso, por isso eu acho que SIM, esse é um puta retorno do Black Sabbath e um disco essencial em todo head fuckin' banger dos dias atuais.


Então esse disco começa com a faixa End Of The Beginning, que é um vórtice de andamentos de tempo e um misto de diferentes eras e estilos do Black Sabbath, os riffs lembram muito basicamente tudo que o Sabbath já fez na carreira dele, como se o Sabbath tivesse uma receitinha pra fazer música, então, essa música segue a risca essa receita, mas também não perde a oportunidade de jogar uns riffs que você nunca pensaria que o Black Sabbath faria, com um puta solo(dois na verdade)enquanto a bateria está lá, sendo esmurrada pelo Brad Wilk(que não é o Bill Ward :(  )
A letra da música é bem lokona, pois fala de morte e sobre viver a sua vida como se o ''hoje'' fosse o último dia da sua vida controlada por mentes desconhecidas, então você que é um headbanger depressivo e escuta DSBM, viva meu jovem, VIVA!!!!!!

Como segunda faixa do disco nós temos a fúnebremente foda God Is Dead?, que fala sobre um assunto muito mais atual do que a música anterior.
Esse pra mim é o ponto mais alto do disco, o Sabbath criou algo que ele já tinha feito há vários anos atrás, fez uma reciclada e fez uma puta música diferente e sombria pra caralho, algo que até um fã acostumado de Black Sabbath como eu se surpreendeu com a canção e sua letra ~principalmente~
Musicalmente, é uma música de Doom Metal, muito parecida com a canção de mesmo nome da banda, a Black Sabbath ~que você é um merda se não conhecer essa música, seu metaleiro de bosta!!!~
A música dá seu ar de escuridão logo nos primeiros segundos da música, onde conforme o tempo a música se transforma num riff poderosíssimo e com um baixo realmente notável.
Ozzy conseguiu criar uma melodia quase tão boa quanto a Black Sabbath que digamos que seja a música base para a God Is Dead?, cantando uma das melhores letras que o Geezer Butler já criou na vida dele, falando de todos nós vivermos num mundo onde nós mesmos o destruímos sem um pai celestial para nos ajudar e coisas assim.
Sabe, não é a melhor música da história do Sabbath, com certeza, mas God Is Dead? foi uma das melhores coisas que o Sabbath gravou em anos, tanto pela musicalidade quanto pela letra.


Loner vem alegremente dar um certo ar de felicidade no disco, prometendo trazer de volta o Black Sabbath dos anos 70 (principalmente o primeiro álbum, porque ela se parece pra caralho com N.I.B), com um riff simples, a cozinha baixo e bateria do Sabbath também está bem simples e clara nessa faixa, sem contar a melodia cantada por Ozzy, que dessa vez faz alguma coisa á mais do que seguir os riffs e o baixo.
A letra fala sobre uma pessoa sozinha, que se tranca dentro de sí mesmo, sendo seu pior inimigo e seu melhor amigo ao mesmo tempo, é uma música bem simples e ótima pra tocar ao vivo, dá pra tirar altos bangs com ela.


No momento mais enmaconhado e noiado do disco, vem a faixa Zeitgeist, que nada mais é do que uma cópia descarada de Planet Caravan, do Paranoid de 1970.
Provávelmente a letra fala sobre o movimento Zeitgeist e suas ideologias aplicadas ao nosso mundo, é uma música muito legal, porém os cara não maneiraram no Ctrl + C e Ctrl + V (PS: O Solo no final da música é muito foda)


Age Of Reason começa com uma bateria bem foda, logo depois é executado um dos melhores riffs do Iommi nesse disco, a letra fala sobre a era em que nós vivemos, política, poder, dinheiro, mais uma vez o Sabbath se mostra uma banda atual sobre os assuntos que mais se discutem hoje em dia no Metal. É uma música bastante Doom Metal, assim como o Master Of Reality de 1971


A morte é um tema muito falado nesse álbum e principalmente na música Live Forever, que não tem necessidade de uma análise muito apurada de cada palavra da letra pra ser entendida realmente. Ela começa com um dos riffs ~se não o riff~ mais macabros do disco, um riff bem trabalhado e bem complexo, a bateria finalmente parece que tem algum ânimo.
Mais uma vez, o Doom Metal parece estar presente nesse álbum - na verdade o álbum é de Doom Metal - e que realmente é a última boa música de Doom Metal no álbum, sendo que as outras duas últimas são completamente dispensáveis.
A letra fala sobre a vida passar rapidamente diante dos seus olhos e sua consciência está suja demais com pecados que cometeu no passado. O refrão é bem cativante e a melodia da música também.


Damaged Soul é sem dúvida a pior música do álbum todo, tem um riff bonzinho, mas nada muito alarmante, o resto da música toda é completamente entediante, o baixo e a bateria estão bons, mas meio sem vida, porque realmente a música é entediante.
Vale lembrar que Damaged... tem uma gaitazinha meio blues pra tentar lembrar a música The Wizard, do primeiro disco do Sabbath, porém a música parece mais uma sessão de improviso do que uma música própriamente dita.


Dear Father encerra o álbum com direito a sinos no final, tem um riff muito foda - claro, é o Tony Iommi porra - sendo MAIS uma música de Doom Metal com o andamento lento. A letra fala sobre os pecados e a violência de um pai que destruiu a inocência de uma criança - provávelmente falando sobre estupro ou coisas assim.


Em uma visão geral, o Sabbath continua bem assustador, continua soturno, porém agora de um jeito mais atual, o Tony continua foda mesmo com o câncer dele, Geezer foi o que mais evoluiu, com o som de baixo dele me lembrando muito a intro de Deathamphetamine do Exodus, o baterista Brad Wilk pra mim nem fede nem cheira, ele fez o que lhe mandaram, porém substituiu Bill Ward de um jeito meio que limitado.
O disco começou de uma maneira ótima, porém fechou de uma maneira ruim, mas continua sendo um puta disco e merece ser ouvido e apreciado por TODO headbanger que se preze



Ozzy Osbourne: Vocais
Tony Iommi: Guitarra
Geezer Butler: Contrabaixo
Brad Wilk: Bateria

 




domingo, 17 de agosto de 2014

Death Magnetic - Metallica (2008) - RESENHA



E os pais - ou um dos pais - do Thrash Metal retornam em 2008(já a um tempinho) com um disco que sem dúvida, foi a melhor coisa que eles lançaram durante anos!!!
Estou falando da volta ás origens do Metallica, Death Magnetic.

O disco foi lançado para substituir o disco anterior, o infame St. Anger, que foi um fiasco para os fãs de Heavy/Thrash Metal - e porque não dizer, pros fãs de Metallica também - por isso muitas pessoas dizem que o álbum é apenas o St. Anger mais atual e como o St. Anger deveria ter sido.

Porém eu não acho isso!.

Se você olhar o St. Anger não como o disco do Metallica, que anos atrás criaram discos como o Ride The Lightning e Kill' Em All, você achará o disco um pouco Nu Metal até!!!
St. Anger tinha um conceito...quatro caras improvisando numa garagem, assim como era anos atrás antes do debut do Metallica, o Kill' Em All. Era como um flashback para as origens do Metallica em Kill' Em All - só que todos os discos depois do Metallica(Black Album) prometeram que voltaria as origens da banda - porém nem preciso dizer que o Metallica cagou no pau no uso de microfones vagabundos e da PÉSSIMA gravação da bateria de Lars Ulrich, criando então uma linha de bateria que á primeira vista pode até ser muito irritante.

MAS ESSE ERA A PORRA DO CONCEITO DO ÁLBUM!!!!!

Era proposital os microfones filhos da puta e coisas assim.
Foi proposital a porra da caixa da bateria ter um som tão lata de lixo.
O Metallica nunca foi a banda que dava o que os fãs queriam, e quem é Metalhead sabe disso muito bem!.
Não diria que Metallica é uma banda superestimada, porque quem ouve discos como o Ride The Lightning sabe que o Metallica sim, tem capacidade para fazer algo muito foda e muito poderoso,e Death Magnetic é a prova que eles conseguem fazer isso até HOJE!!!

St. Anger é um disco para diferentes ouvintes, e para ouvintes que não compram os discos esperando a porra do Master Of Puppets!
Iron Maiden muda de estilo e ''renova'' sua banda toda hora, porque diabos o Metallica também não pode?!

Em Death Magnetic, o Metallica desprezou a velha mania de não dar bola ao que os fãs querem, e finalmente fizeram algo que procurou agradá-los, e não apenas para ser vendido e dar sucesso - não to dizendo que Lars é um sedento por dinheiro - e na minha opinião eles conseguiram louvavelmente.

O disco começa com uma das minhas favoritas do Metallica, o That Was Just Your Life, que a principio começa com um barulho de batidas de coração, seguidos de um dedilhado bem, MAS BEM simples, que com o tempo vai ficando cada vez mais complexo e completo.
A música - como o disco todo - tem riffs muito fodas, como o riff principal da música That Was Just Your Life, confesso que a princípio eu achei bem normalzinha, e que não acrescentava nada ao Metallica, mas se você ouvir o disco todo muito detalhadamente, você vai perceber que That Was... não passa de apenas uma aberturazinha para a porradaria que viria nas próximas músicas.
É uma das músicas que mais me lembrou St. Anger, porém finalmente temos uma bateria muito bem gravada e com excelentes linhas de batera.
Aos 05:45 temos o que mais chega perto de um riff de Thrash Metal, e aos 05:52 temos uma entrada de riffs melódicos, assim como no Ride... e logo depois temos Thrash e Melodico JUNTOS :D

Então sim, That Was Just Your Life foi uma puta música boa para iniciar o álbum, mostra tudo que o álbum tem e o que ele pode oferecer aos novos fãs, e aos velhos fãs.
O Metallica em Death Magnetic finalmente conseguiu se atualizar sem deixar os velhos ícones que fizeram e marcaram seu sucesso no começo de sua carreira, nós temos Thrash Metal de um modo bem moderado, digamos assim, temos alguns momentos que misturam Thrash com Metal Melódico, assim como no Ride e Master, temos músicas que parecem com outras músicas de sucesso da banda - 13 do Black Sabbath é todo assim - como a The Day That Never Comes que parece com Fade to Black (que eu não sei o porquê, mas essa intro de The Day That Never Comes me lembra muito Titanium do David Guetta ... ou qualquer música eletrônica que tem por aí)
Em The End Of The Line nós temos um riff durante a melodia que parece muito com o riff de Battery, do Master Of Puppets.
Em Cyanide nós temos algumas vezes o desempenho de Lars no double-bass, além de ser uma ótima faixa.
E a penúltima música do álbum se chama Suicide & Redemption, que volta com o costume do Metallica de fazer faixas instrumentais, não são como Orion ou The Call of Klutu, mas tá valendo.
A última faixa do álbum é a My Apocalypse, que fecha o álbum de uma maneira bem Thrash, e o que mais me impressionou foi as linhas de bateria de Lars, que foi realmente como nos primeiros anos do 'Tallica.

Rick Rubin foi o produtor dessa delícia de álbum, e produziu o álbum milhões de vezes melhor que Bob Rock em St. Anger - sem contar que o baixo de Bob em St. Anger foi horrível!-
O ex-baixista do Ozzy Osbourne, o Sr. Roberto Agustin Miguel Santiago Samuel Trujillo Veracruz, mais conhecido como Robert Trujillo, fez um PUTA trabalho no disco, fazendo que realmente fosse mais pesado que o St. Anger, e 3 mil vezes melhor.
Eu acho que o Metallica fez um ótimo trabalho em contratar Robert, e que ele fique no Metallica até o fim.
A caracterização de Trujillo no baixo caiu como uma luva, assim como Cliff nos primeiros discos.

Pra encerrar essa resenha sobre o álbum, é um álbum que mistura tudo que o Metallica já criou de importante e de impactante na carreira, como o Ride The Lightning, e Master Of Puppets, misturando com o Metallica que é o ícone do Metal desde os anos 2000, vale a pena conferir essa porra, estou ancioso para ver qual será o próximo álbum do Metallica, se esse foi meio-thrash o próximo será thrash puro...

''Próximo álbum do Metallica - LULU''

VAI SE FUDER PORRA!!!!


quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Heavy Metal X Mídia






Hail Metal

Metaleiro, Metal Head, Headbanger, Metaller, você sabe muito bem a quem me refiro, os ouvintes de toda a heavy music em geral.
Muitas pessoas veem muita televisão, isso é uma coisa meio que normal!, eu adoro ver o Chaves - pode julgar - adoro ver alguns filmes de vez em nunca quando passa na redundante Sessão da Tarde da Globo - é eu vejo Globo, e isso não me faz ser alienado. Só que muitos - sem querer dizer a maioria ou todos - tiram tudo que veem na telinha ou no jornal como verdade absoluta, muitos consequentemente tiram tudo o que veem ou ouvem de modo realmente construtivo e verdadeiro pra eles, it's sad but true, my friend!.
Eu não faço parte desses filhos da puta que desce a piroca na Globo mas na noite de Rock In Rio vê até Valesca Popozuda esperando o Metallica começar o show e nem sou aqueles caras que diz que tudo é culpa da mídia independentemente do que você pensa ou deixa de pensar como se você não tivesse cérebro.
Porém, eu não sou um conhecedor das gafes da mídia, embora eu já tenha visto várias como por exemplo na morte do Ronnie James Dio, o repórter falava do Dio com imagens do Ozzy Osbourne de fundo... - PUTA QUEO PAREEEEEEEEU -



Mas porquê estou eu falando sobre a mídia???

Bem, querendo ou não, a mídia contribui para a cena do Metal ... só que contribui pra fuder a porra toda!
A mídia, meio que foi uma inimiga dos headbangers mais trues e dos mais fanáticos, e até mesmo de bandas de Metal, como o Slayer e até mesmo o Metallica, só que essa última acabou se rendendo ao inimigo.


Eu não entendo ainda todo esse ódio encubado nas veias do Metal pela mídia, e também não sei porquê sempre parece que existe uma briga sangrenta entre a música pesada e a mídia massiva, mas aqui mandarei minha teoria.
Digamos que a mídia é a sua mãe, e sua mãe não quer que você chegue perto de certa coisa, ela não vai dizer bem dessa coisa, ela vai dizer que é ruim e etc.
É EXATAMENTE ISSO QUE ACONTECE!!!
A mídia enche nossas telinhas do pior tipo de ''música'' existente na face da Terra, mas ela faz isso não apenas porque é uma música da moda e pra curtir, é porque eles simplesmente NÃO querem que você tenha uma coisinha chamada de SENSO CRÍTICO, são duas palavras que podem mudar a sua vida, SENSO CRÍTICO.Com o senso crítico você começa a questionar as coisas, você consegue discernir o que está certo e errado, você iria querer aprender mais, e seria mais difícil de controlarem você porque você já é um questionador, você já é um filósofo digamos assim.
Eu costumo dizer que o programa Esquenta é exatamente tudo de ruim que você pode pegar do Brasil e é esfregado na sua cara!, tudo naquele programa é RUIM pra CARALHO!!!, os convidados são uns bostas, a música então nem se fala, os dançarinos são ruins, as danças dos dançarinos são ruins, e a apresentadora é uma das mais improváveis e desajeitadas que a Globo poderia encontrar, mas confesso que caiu muito bem num programa como o Esquenta.

E isso nos remete ao primeiro nome do texto que se chama ''Como é ser Metaleiro''

Primeiramente eu vou me usar como exemplo.
Eu sou um cara que come, que bebe, que vai á escola, que vai ao curso, que tem milhões de problemas na cabeça pra pensar, sou um cara tímido - pra caralho - porém eu acho que eu sou uma pessoa normal como todas as outras, eu vivo como você que está me lendo agora.
Muitas pessoas me perguntam como é ser rockeiro(detesto esse termo)e se eu sacrificava bodes e os caralho.
O Metal está muito associado ao satanismo por culpa de bandas que não deveriam ser conhecidas, bandas de Black Metal, cujos dogmas realmente não inclui nenhum tipo de mídia, eles pregam a liberdade(ou libertinagem talvez)e Satã representa todo o tipo de ''liberdade'' contra o moralismo cristão opressor
Eu não escuto Black Metal(só de vez em quando)e nem concordo com esses princípios, mas o baguio é loko véio.

Então pra encerrar esse papo de mídia e rock, ser ''metaleiro'' não é nada que afeta a minha religião(sou cristão)é apenas um estilo de música e um estilo de vida também, que não é para pessoas que se vão com qualquer moda que apareça

E sempre se lembre, se você muda de religião ou larga dela por causa da música que você ouve, você é uma pessoa com uma mente muito fraca e que não sabe onde pertence.

Bye metalheads.